O cumprimento de tarefas que custam algum sacrifício traz consigo o exercício de várias virtudes. Estamos imersos em uma cultura da lei do mínimo esforço, na qual a lógica do “mais fácil” é perseguida em todos os campos.
Quando se educam assim os filhos, o que esperar então dos adultos do futuro? Contudo, se os pais se empenham em educar seus pequenos de modo que respeitem e admirem o valor do esforço, certamente haverá menos lamentações no futuro.
O texto a seguir é a tradução da postagem de Adri Gehlen Korb, que circula na internet e traz uma bela lição sobre a vida e uma reflexão sobre a educação dos filhos.
O valor do esforço
Um jovem foi se candidatar a um alto cargo em uma grande empresa . Passou na entrevista inicial e estava indo ao encontro do diretor para a entrevista final. O diretor viu seu CV, era excelente. E perguntou-lhe:
– Você recebeu alguma bolsa na escola? – o jovem respondeu – Não.
– Foi o seu pai que pagou pela sua educação?
– Sim – respondeu ele.
– Onde é que seu pai trabalha?
– Meu pai faz trabalhos de serralheria.
O diretor pediu ao jovem para mostrar suas mãos.
O jovem mostrou um par de mãos suaves e perfeitas.
– Você já ajudou seu pai no seu trabalho?
– Nunca, meus pais sempre quiseram que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, ele pode fazer essas tarefas melhor do que eu.
O Diretor lhe disse:
– Eu tenho um pedido: quando você for para casa hoje, vá e lave as mãos de seu pai. E venha me ver amanhã de manhã.
O jovem sentiu que a sua chance de conseguir o trabalho era alta!
Quando voltou para casa, ele pediu a seu pai para deixá-lo lavar suas mãos. Seu pai se sentiu estranho, feliz, mas com uma mistura de sentimentos e mostrou as mãos para o filho. O rapaz lavou as mãos de seu pai lentamente. Foi a primeira vez que ele percebeu que as mãos de seu pai estavam enrugadas e tinham muitas cicatrizes. Algumas contusões eram tão dolorosas que sua pele se arrepiou quando ele a tocou.
Esta foi a primeira vez que o rapaz se deu conta do significado deste par de mãos trabalhando todos os dias para pagar seus estudos. As contusões nas mãos eram o preço que seu pai teve que pagar por sua educação, suas atividades escolares e seu futuro.
Depois de limpar as mãos de seu pai, o jovem ficou em silêncio organizando e limpando a oficina do pai. Naquela noite, pai e filho conversaram por um longo tempo.
Na manhã seguinte, o jovem foi encontra-se com o Diretor.
O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do moço quando ele perguntou:
– Você pode me dizer o que você fez e aprendeu ontem em sua casa?
O rapaz respondeu:
– Lavei as mãos de meu pai e também terminei de limpar e organizar sua oficina. Agora eu sei o que é valorizar, reconhecer. Sem meus pais, eu não seria quem eu sou hoje… Por ajudar o meu pai agora eu percebo o quão difícil e duro é para conseguir fazer algo sozinho. Aprendi a apreciar a importância e o valor de ajudar a família.
O diretor disse:
– Isso é o que eu procuro no meu pessoal. Quero contratar uma pessoa que possa apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conhece os sofrimentos dos outros para fazer as coisas, e que não coloca o dinheiro como seu único objetivo na vida. Você está contratado.
Uma criança que tenha sido protegida e habitualmente dado a ela o que quer, desenvolve uma mentalidade de “Tenho direito” e sempre se coloca em primeiro lugar. Ignora os esforços de seus pais.
Se somos esse tipo de pais protetores, estamos realmente demonstrando amor ou estamos destruindo nossos filhos?
Você pode dar ao seu filho uma casa grande, boa comida, educação de ponta, uma televisão de tela grande… Mas quando você está lavando o chão ou pintando uma parede, por favor, o faça experimentar isso também. Depois de comer, que lave os pratos com seus irmãos e irmãs.
Não é porque você não tem dinheiro para contratar alguém que faça isso; é porque você quer amar do jeito certo. Não importa o quão rico você é, você quer entender. Um dia, você vai ter cabelos brancos como a mãe ou o pai deste jovem.
O mais importante é que a criança aprenda a apreciar o esforço e ter a experiência da dificuldade, aprendendo a capacidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.
Como a sociedade estaria melhor hoje se os pais desta geração ensinassem estas coisas !
Tão simples, tão poderoso, tão profundo!
Embora muitos de nós, nascidos na década de 70 e 80, não ter vivido uma vida abastarda, ao se tornar Pai ou Mãe, se esquece de tudo o que passou na vida, como se fosse algo desnecessário. Ignoram o legado adquirido com choro, lágrimas, sicatrizes que lhes fizeram ser a pessoa de hoje.
Não existem tempos modernos, e assim também não existem novas formas de viver.
Tanta tecnologia e ditos avanços em “ciências humanas” más as pessoas aparentam sofrer mais.
Vou Compartilhar este texto!
Quero fazer parte do resgate moral e ético, baseado em valores e princípios que atravessam gerações. Pois sempre foi assim!
O Básico da vida sempre foi o suficiente! (Mateus 6:31)